quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nada resolvido!

29 de junho de 2009, audiência tenebrosa. Não trocamos olhares novamente, tudo mais tenso do que antes. Graças a Deus eu nem vi a mãe dele. Entramos em audiência e vi que o juiz era outro. Muito mais lento que o anterior, ele era uma graça, mas acho que tinha algum problema. Falava baixo e lento demais, prova de que beleza não é tudo. Minha advogada falava e ele parecia estar aéreo, definitivamente eu preferia o outro juiz. Depois que a advogada do Sr. R se pronunciou e deixou claro que não haveria acordo quanto as visitas se não concordássemos com uma pensão de R$180,00 minha advogada mostrou ao juiz uma carta escrita pelo Sr. R ,à próprio punho e assinada, que ele havia escrito para mim antes de sair de casa pela primeira vez. Não sei porque, mas tanto ele como a advogada dele ficaram um tanto quanto espantados, admito que gostei!
O juiz mal verificou a carta e foi falando que aquilo não era relevante e a Dra. M (advogada do Sr. R) concordou, até que a Dra. A(minha advogada) ressaltou o ultimo parágrafo de uma das paginas onde o Sr. R afirma que ‘colocava’ dentro de casa 2mil reais. O juiz viu, concordou que realmente era relevante e perguntou ao Sr. R. se ele reconhecia a carta e ele negou. O pior de tudo, a advogada dele pareceu instruir ele a mentir. Com isso o juiz se sentiu obrigado a chamar a promotora e a mesma concordou com a minha advogada em pedir um exame grafotécnico – nesse exame a pericia ia analisar a grafia do Sr. R – e se o exame confirmasse que a letra era dele ele seria obrigado a pagar 30% de 2mil reais. A promotora pareceu estar bem revoltada com a atitude dele, eu me senti aliviada, até que enfim vi alguém que estava do meu lado... do lado da minha filha. Antes de ir embora a promotora falou para o Sr. R:
“Sr. R, não sei se a sua advogada te explicou, mas estou pedindo o exame grafotécnico para o senhor para confirmar se a carta apresentada pela autora é sua ou não. Mas como o senhor tem certeza que não é sua não vai se preocupar não é verdade?
Outra coisa, e agora é um conselho de promotora para acusado... Vi no processo que você pagou diferentes valores para a menor e agora paga menos que R$150,00...” – nesse hora a tonta da Dra. M interferiu :
“Dra. queria ressaltar que meu cliente pagou esse valor na época devido 13º...”- aí foi a vez da promotora interferir, e admito, foi a melhor parte!:
“Dra. eu estou falando com o seu cliente, não com a senhora, por favor não se intrometa!” (quis muito rir na cara daquela advogadazinha!). “então Sr. R, continuando, em vista disso acho que o senhor, no mínimo, deveria pagar o valor máximo que pagou até hoje em vista que o dinheiro é para a menor e nada tem a ver com a sua ex-esposa e a briga de vocês. È uma questão de hombridade...fica aqui o meu recado. Agora pode falar com a sua advogada!”.
O Sr R ficou muito nervoso e ainda tentou responder para a promotora, mas a advogada dele não deixou!
Nessa audiência nada foi resolvido, a não ser que ele ia se dar mal no exame grafotécnico porque ia ficar provado que ele mentiu em juízo, mas a lição de moral que a promotora deu nele foi ótima!

Tentando dar a volta por cima....

No meio deste turbilhão resolvi voltar a estudar e fazer provas para tentar bolsa de estudos integral em alguma universidade e estava decidida: vou fazer Direito. A escolha do curso foi graças ao meu ex-marido com certeza. Então comecei a ralar de estudar para prestar a prova e tentar garantir um bolsa de estudos e começar a estudar em 2010. Deus sempre sabe o que faz, e se tiver que ser minha essa oportunidade... será!

Intimação

Não demorou muito... quase um mês depois, num domingo de manhã, eu fui intimada: Sr. R. estava pedindo a tutela antecipada do direito de visitas com a Rafa. Queria que a regulamentação das visitas fosse resolvida o quanto antes possível, sendo que ele teve a chance e não quis, porem abriu novo processo para tal. Logo, a advogada dele estava tirando dinheiro dele até dizer ‘chega’, e eu me ferrei. Porque tive que contestar e pagar nova ação para a minha advogada sem ter condições. Afinal eu estava arcando com a casa e o sustento da Rafa. Foram semanas difíceis... me desesperei, porque junto com a intimação veio a decisão previa do juiz que era a permissão dele levar minha filha pernoitar com ele quinzenalmente. Triste isso, mais triste ainda eu fiquei ao saber que quem concedeu isso foi um juiz substituto que não tinha conhecimento algum do processo e dos envolvidos... muito triste essa justiça brasileira.
Eu movi a contestação contra o processo que o Sr. R abriu, mas até que algo saísse a respeito, o dia da nova audiência referente à ação de alimentos/pensão chegou. E por incrível que pareça, no mesmo dia tanto eu como ele iríamos passar em entrevista com a assistente social, pedido isso que o juiz fez na ação do regime de visitas, ou seja, a nova ação que o Sr. R abriu serviu só para gastar dinheiro e me assustar, objetivo esse que ele conseguiu!

Propostas e respostas ignorantes...

Passou algumas semanas até que minha advogada me encaminhou o e-mail que a procuradora do Sr. R havia mandado com o seguinte acordo:
“Bom Dia Dra.,
Conforme contato telefônico, segue a proposta de acordo do meu cliente, Sr. R, para convertermos a ação litigiosa em consensual. Peço a gentileza que me retorne com a maior brevidade, devido ao prazo p/ defesa já estar correndo.

• PENSÃO ALIMENTÍCIA:
30% do salário líquido do genitor (R$ 600,00) que dará R$ 200,00;
Cláusula de Desemprego: 30% do salário mínimo R$ 139,50.
• REGIME DE VISITAS:
Até os 4 anos de idade – todos os sábados, das 10 às 18 hrs;
Após 4 anos – quinzenalmente, de sextas das 18 horas aos domingos às 18 hrs;
Aniversário do genitor, com o genitor;
Aniversário do genitora, com a genitora;
Aniversário da menor, a combinar;
Dias dos Pais, com o genitor;
Dias das Mães, com a genitora;
Natal e Ano Novo – Anos pares - com a genitora o Natal e Ano Novo com o genitor; Anos ímpares – com o genitor o Natal e Ano Novo com a genitora;
Férias Escolares divididas em proporcionalidade: Primeira fase com o genitor; Segunda fase com a genitora;
• DÍVIDAS:
• Não há mais nenhuma dívida adquirida pelo casal;
• Requerido abre mão das diferenças e dos bens móveis.
Atenciosamente,
Dra. M.”
Claro que eu não aceitei esse acordo e acabei que mantendo o que havia dito para minha advogada: visitas quinzenais supervisionadas e pernoites descartadas. Porque? Simplesmente porque não confio nele e nos seus familiares menos ainda. Mas a advogada do Sr. R, muito displicente, ao saber da minha posição mandou a seguinte resposta:


“Bom Dia Dra. A,

Diante dessa total modificação da proposta de acordo que me foi enviada, fica impossível a composição amigável, sendo assim, com o surgimento de novas ações, é preferível darmos seguimento as mesmas, não prejudicando com isso nenhuma das partes.

Conversei com o meu cliente e este novamente afirmou e confirmou a sua renda, o que será provado com documentos legais. Quanto as dívidas que eventualmente pagou, como já dito, estas foram quitadas pelo seu genitor, com a ajuda da família, que atualmente não mais dispõe de tais recursos.

Já quanto a regulamentação das visitas, não há razões para serem supervisionadas, muito menos em períodos tão curtos como proposto pela genitora.

Ademais, coloco-me a disposição para demais esclarecimentos podendo obviamente chegarmos num consenso até o final do processo.

Att,
Dra. M.”
Essa nova ação que ela citou seria a ‘ação alimentos’ porque o que ele queria pagar de pensão à Rafa era absurdo, em vista do que ele recebia.
Quando li esse e-mail fiquei indignada, como ele teve a capacidade de falar que o pai dele havia quitado as nossas dividas!?!?! Nossa, não consigo descrever o que senti no momento em que li isso.
Porém, quando ela colocou que estaria a disposição para chegarmos num consenso antes do final do processo, pensei melhor e redigi um novo acordo.
O acordo ficaria assim, caso ele aceitasse passar pelo exame psicossocial e o mesmo provasse que o Sr. R. não tinha más intenções com a minha filha enquanto ela estivesse longe de mim e com ele.
• GUARDA DA MENOR: à genitora (eu)

• PENSÃO ALIMENTÍCIA:
30% do salário TOTAL do genitor (cerca de R$ 2.000,00) que dará cerca de R$ 600,00 (que ele mesmo comprovou receber: mostrando para o juiz os comprovantes de pagamento das dividas que ele disse ter quitado, que ele declarou receber em carta por ele escrita e assinada e por ter comentado com amigos que recebia a mais do que o holerite declarava);
Cláusula de Desemprego: 30% do salário mínimo vigente no ano do tal desemprego.
• REGIME DE VISITAS: a Rafaela só pernoitará com o genitor após os 08 anos pois é uma idade que ela já tem um certo entendimento das coisas(principalemente do estado de saúde do genitor e da mãe do mesmo que também possue problemas de saúde) e pode entrar em contato independente de alguém, caso ocorra alguma emergência.
Até os 4 anos de idade – quinzenalmente, aos sábados, das 13h às 18hrs (ele pegaria ela as 13h e a traria de volta para mim as 18h EM PONTO, nenhum minuto a mais e nem um minuto a menos, e caso ele se atrasasse para pega-la não havera compensação, por exemplo: pegou as 13h15 e devolve as 18h15...se ele se atrasar problema dele, a Isa tem que estar comigo as 18h se não aciono a polícia);
dos 4 anos aos 8 anos – quinzenalmente, aos sábados, das 10h às 18 hrs;
Após 8 anos – quinzenalmente, de sábados das 10 horas aos domingos às 17 hrs;
Aniversário do genitor: das 14h às 17hrs;
Aniversário da genitora: com a genitora;
Aniversário da menor, a combinar;
Dias dos Pais: das 13h às 17hrs,com o genitor (lembrando que no fim de semana do dia dos pais o sábado a Isabela fica com a genitora);
Dias das Mães, com a genitora;
Natal e Ano Novo – dia 25/12 e 01/01: Até os 4 anos de idade – das 13h às 18hrs; dos 4 anos aos 8 anos – das 10h às 18 hrs; Após aos 08 anos: Anos pares - com a genitora o Natal e Ano Novo(10h de 31/12 às 17h de 01/01) com o genitor; Anos ímpares – com o genitor o Natal(10h de 24/12 às 17h de 25/12) e Ano Novo com a genitora;
Férias Escolares: após os 08 anos da menor - de 05 à 10 dias com genitor, de acordo com os dias de férias concedidos à criança. Ex: foi concedido à Rafaela 15 dias de férias, então 05 dias ela fica com o genitor e 10 dias com a genitora.
• DÍVIDAS:
Não há mais nenhuma dívida adquirida pelo casal;
Requerido abre mão das diferenças e dos bens móveis.
E ainda, propus um encontro nosso: as duas partes com suas respectivas advogadas para firmarmos um acordo. Mas eles não aceitaram, quiseram ir à audiência e assim ia acontecer!
Mesmo depois dessa troca de e-mails ele ainda me chamou pelo Messenger e pediu para ver a minha filha, mas a minha indignação era tanta que antes mesmo de responder se ia levar a Rafa para vê-lo eu o questionei:
“Não sei quanto as visitas, afinal você não me quer por perto né Sr. R?
-É! Mas enquanto não sai nenhuma decisão você pode estar presente mesmo, não tem problema!
(aaaaaaaai que ódio desse petulante!!!!!) Sr. R porque você quer tirar minha filha de mim?
- OPA! Isso não é assunto para tratarmos. Minha advogada está cuidando disso!”
Quando vi a resposta dele a minha replica foi quase que automática: “Então eu vou ver com a minha advogada a respeito das visitas.
- Tudo bem então! Até mais. Beijos”
Ai que droga, essas conversas no Messenger com ele me deixavam furiosa.

Frio na barriga...

Enfim, depois dessa carta eu esperava algum contato, mas foi em vão. Dias se passaram até que chegou o dia de nova audiência. 28 de abril de 2009, dessa vez ele tinha ido, com a advogada e a mãe do lado lá estava ele. Nem olharam na minha cara. Ficamos esperando até a hora marcada, porem minha advogada não chegava. Liguei para ela e infelizmente ela não poderia comparecer. Que droga, eu ia entrar em audiência sozinha com ele e a advogada dele. Frio na barriga supremo, mas fui, de cabeça erguida entrei na sala onde estava o juiz e a escrevente. Foi horrível, mas o juiz me poupou. A advogada dele foi muito sarcástica e disse que eu estava sendo absurda nas minhas alegações e que ele não recebia nada mais além de míseros R$600,00. O que era mentira, porque ele recebia R$600,00 no holerite, entretanto recebia cerca de R$1.400,00 por carta-salário. Porque? Para que não houvesse cobrança de imposto de renda, e depois eu era a mentirosa né!? Como havia dito, o juiz tentou me poupar afinal eu estava sem advogada e pediu para que tentássemos entrar em acordo fora de audiência; mas, como podem perceber, um acordo amigável não seria tão fácil. Fomos embora sem nem trocar olhares, e a mãe dele não olhou na minha cara também, o que era esperado e eu nem fazia questão.
Assim que sai do fórum liguei para minha advogada e falei o que tinha acontecido e nada de muito diferente me foi passado. Eu teria que manter as coisas como estavam até a advogada dele entrar em contato para entrarmos em possível acordo.
Na mesma semana da audiência ele me ligou pedindo para ver a Rafa, eu sabia dos direitos dele e não neguei tal visita, provando que eu não era o monstro que eles estavam ‘pintando’. Porem, como ele me pediu na ultima hora, eu já tinha terapia marcada então o encontro não passou de 2horas.
02 de maio nos encontramos e ele e a mãe dele viram a Rafa, mas, diferente do que eles esperavam, ela não foi tão amigável. Ficou muito ‘na dela’ e sempre procurando a mim e a minha mãe a sua volta. Sim, minha mãe estava presente. Como havia dito, nunca o recebi ou o encontrei sozinha para evitar possíveis alegações. O clima estava pesadíssimo, e quando ele começava a relaxar a mãe dele se aproximava e tudo ficava nebuloso novamente. Mas, como eu tinha consulta, logo fui embora.
No dia 10 de maio mesmo era a data de depósito da pensão, e para a minha surpresa não havia depósito algum. A Rafaela ficou um mês sem pensão. Só para variar um pouco, me senti usada novamente. Minha vontade era de ter ligado e pedido satisfação, mas fiquei na minha.

Tentando me reaproximar...

09 de março de 2009 foi a primeira audiência e ele não foi. Quando isso aconteceu não agüentei e tentei puxar assunto com ele pelo Messenger e ele foi mas educado do que eu esperava. Propus amizade a ele e ele aceitou, tudo bom de mais para ser verdade. Falei da audiência e ele falou que não sabia de nada e que a advogada dele não o tinha notificado. Se bem que ele admitiu para mim que quem estava cuidando do processo e dos contatos com a advogada era a mãe dele, super bizarro, afinal ele já deveria ter maturidade para cuidar de tal responsabilidade. Ele ficou de entrar em contato com a advogada e depois falaria comigo no Messenger.
Passaram dias e nada... até que vi uma mensagem de luto no Messenger. Desejei meus pêsames ele agradeceu mas ficou nisso apenas. Não sei porque, mas senti que as coisas não estavam bem explicadas, ou até mal entendidas escrevi uma carta e pedi que ele aceitasse o recebimento via Messenger. A carta dizia o seguinte:
“Sr. R
Muita coisa mudou... depois da sua saída e do tempo que pediu, voltamos a nos ver pela Rafa e no fim fiquei muito abalada e daí eu pedi um tempo, tempo esse que você deu. Hoje, com tudo isso confesso que amadureci como pessoa, mulher e mãe! Refleti muito e percebi que não nos conhecemos o suficiente, e por não te conhecer tão bem quanto gostaria tenho medo de você. Eu já estou resolvida comigo mesma e por isso me sinto preparada pra me resolver com você, porém pra isso temos muito o que conversar.
Como é que conhecemos uma pessoa??? - Conversando com ela.
Como é que perdemos medo de algo??? - Encarando isso e desvendando.
Eu sou uma pessoa que odeio ficar mal com as pessoas, gosto de tudo bem resolvido e ficar de boa com todo mundo.
Sei que nossas vidas mudaram e vai mudar ainda mais... sei que nossos momentos atuais são bem diferentes um do outro... mas também sei que temos uma história juntos e uma filha linda, que é o elo que acabou nos unindo. Deus sabe o que faz e por algum motivo ele quis que ficássemos unidos de alguma forma... e essa forma se chama Rafaela.
Não abandone isso, não perca esse elo e oportunidade... como já lhe disse, pela Rafa creio que essa amizade se faz necessária. Mesmo porque, vamos nos ver muito ainda por ela.
Quero sua amizade e nada mais, não possuo segundas ou terceiras intenções... tudo que faço hoje é pela minha filha e não escondo isso de ninguém. O que importa pra mim no atual momento é o nosso bem-estar por isso estou entrando em contato com você. Da última vez foi uma carta de amor... dessa vez é uma carta de amizade, pois sei que temos varias paginas ainda em branco em nossas vidas e muitas dessas páginas são preenchidas com boas amizades e momentos pacíficos e felizes.
Sei que está abalado com a perda da sua avó. Até eu fiquei e estou disposta a lhe ouvir e te ajudar no que for preciso. Eu sei que dói muito perder definitivamente alguém querido e sozinho a dor ainda é maior. Conte com a minha amizade no que precisar... se precisar conversar...desabafar ...estou aqui. Não hesite em pedir 1 min de atenção quando precisar conversar...às vezes 5min de conversa podem mudar nosso dia. Sei que está triste e por isso não vou insistir em conversar te chamando pelo MSN, mas precisava que soubesse disso tudo.
Cuide-se e conte com a minha amizade... precisando de um ombro amigo é só chamar.
Com carinho
Tássia”

Essa carta de amor que citei eu realmente escrevi, mas nem lembro o que havia escrito, lembro que tinha colocado uma música inclusive, mas não deu em nada, ele ignorou.

Motivo das novas postagens

DEPOIS DE MAIS DE 01 ANO, E SEGUINDO BONS CONSELHOS, VOLTEI A ACESSAR MEU BLOG. FIQUEI AFASTADA POR MOTIVOS QUE NEM EU SEI... MAS ESPERO AINDA INSPIRAR ALGUMAS PESSOAS. NESSE MEIO TEMPO MUITAS COISAS ACONTECERAM, FIQUEI MAL MAS ESTOU TENTANDO ME REESTABELECER. PRETENDO NÃO FICAR TANTO TEMPO SEM POSTAR, MAS TAMBÉM NÃO POSSO GARANTIR NADA... TIREI O ATRASO E FIZ DIVERSAS POSTAGENS HOJE. ESPERO QUE APROVEITEM... BEIJOS - MAMÃE T.

Desabafo!

Passou uma semana e outro e-mail dele estava lá, na minha caixa de entrada:
“Tássia, BOA NOITE!

Quero apenas lhe informar que nós estamos querendo ver a Rafaela nesse final de semana, pois já se completou 1 mês que não à vemos. Então peço-lhe que releve tudo o que esteja acontecendo entré nós, porque a Rafaela não tem culpa alguma nisso.
Favor entrar em contato para marcármos um local e horário para nosso encontro.

Obrigado!
Sr. R”

Fora os erros de português, ele foi super arrogante e ainda queria que eu ligasse. Montei uma super resposta mas, lógico, consultei minha advogada. Quando ela falou que eu podia mandar a resposta que eu tinha feito, não pensei duas vezes e logo mandei a seguinte resposta:
“BOM DIA Sr. R.

Relevar??? Huuuum interessante o seu pedido! Porque todas as vezes que eu pedi que você relevasse algo em beneficio da nossa relação inclusive com a Rafaela você fingiu compreender e logo fazia tudo a sua maneira; não pensando em nenhum momento nem em nossa relação muito menos na Rafa. Até hoje me lembro o que disse na manhã antes de você sair de casa ao telefone: ' estou vendo minha vida passar e não estou curtindo nada!'.... pois é Sr. R agora você tem tempo de sobra para curtir sua vida e não deixá-la passar em vão, não tem filha nem esposa para se preocupar... Até agora você não pensou na Rafa, só em você... foi egoísta pois pedi sua ajuda em vários aspectos, em beneficio da Rafa, e só ouvi 'não' agora quem vai falar não sou eu. Até agora tudo foi do jeito que você bem quis, cansei e falei isso pra você no ultimo dia em que te liguei pedindo ajuda. você se comprometeu comigo em vários aspectos e me deixou na mão, não quis nem saber e agora você pede para que eu releve tudo de ruim que nos fez porque a Rafa não tem culpa?!?!?!
É muito fácil falar 'olha o papai aqui filha!' ... ser pai como você está sendo deve ser muito fácil. Mas me diga o que você sabe dela? Nada não é!? E não venha me falar que não sabe porque eu não quis falar porque por varias vezes que EU entrei em contato com você, além de ter me tratado muito mal, você NUNCA perguntou: e a Rafa como esta? Ela tá precisando de alguma coisa?, ah sim...me esqueci você perguntou se ela já tinha falado 'papai' né...Você nunca ligou pra perguntar da Rafaela e agora vem com esse papo de relevar porque ela não tem culpa?! Graças a Deus a Rafa não tem culpa mesmo...e ainda bem que ela é muito pequena para entender tudo isso, pois se entendesse me questionaria várias coisas que jamais esconderia para ela. Eu tentei várias vezes entrar em acordo com você para ao menos uma amizade permanecer porque eu penso na minha filha...mas você não pensou, quis tudo à sua ignorante maneira não é?!?! Aí está o resultado e nunca se esqueça...você nos abandonou para curtir sua vida, e se tudo isso está acontecendo agora é graças a você!

E não pense você que é por simples vingança a recusa do seu pedido, recuso sim porque preciso de um tempo para mim... não foi isso que ouvi de você tantas vezes?!?! Agora sou eu quem digo: preciso de um tempo,para que nada influencie no dia da audiência. Fora que ainda estamos sob investigação quanto a ultima doença que você nos notificou tardiamente e isso foi a gota pra mim também(sua mãe bem sabe disso porque falei pra ela na ultima ligação que ela fez)... a Rafa já está sofrendo para coletar sangue pelo HIV agora para sífilis também...parte meu coração ver a feição da minha filha nesses momentos que poderiam ser desnecessários né... Fora tudo isso,não posso autorizar nada neste momento sem a prévia autorização judicial, e mesmo que quisesse nesse fim de semana a gente aqui já tem compromisso marcado.
E faça um favor para todos nós, pára de fingir que se importa, se você faz isso por obrigação para mostrar para os outros que você quer ser um pai presente PARE, pois a Rafaela não é sua bonequinha de porcelana para você ficar exibindo para os seus amigos... porque se você se importasse com a filha que você também quis colocar no mundo não teria feito um terço das coisas que fez. E embora você pense que não, eu te conheço Sr. R, mesmo me odiando como você odeia agora(sabe se lá Deus porque, afinal nem você soube me explicar o porque de ter me feito tão mal) se você ao menos gostasse... se importasse com a Rafa, você JAMAIS teria ficado sem ligar para saber dela (e nem tente me culpar por isso...me usar como ‘desculpa’ porque por varias vezes eu deixei claro que não queria voltar com vocês e queria manter um certo nivel de amizade por ela, mas você não quis)... ainda mais você que adora falar ao telefone.
Não tente entrar em contato via telefone comigo pois não irei falar com você pois não quero comprometer o processo. Você já tem o telefone da minha advogada, qualquer coisa entre em contato com ela.

Até...”

Hehehehe...minha resposta foi longa, às vezes meio redundante mas desabafei.
Esse foi o ultimo e-mail que mandei para ele e ele nunca respondeu.

Iniciada a batalha...

Na véspera de natal, 27.12-aniversario da Rafa, véspera de ano-novo e ano-novo ele ligou diversas vezes, mas foi em vão. Como havia falado pra ele, na época em que estávamos morando juntos ainda, na semana das minhas férias coletivas íamos para colônia de férias. Não era luxuoso mas era algo que poderíamos pagar. Ele saiu de casa e cortou contato, por isso foi excluído da viagem, mas isso não se aplicou a mim e muito menos a Rafa. Nos viajamos e foi isso que meus pais falaram para ele. Lembro que minha mãe me disse que ele queria vê-la para entregar um presente para a Rafa. Ate hoje ela não viu nem a cor do papel de presente. No fim das contas ele mandou uma SMS no natal, e com uma mensagem bem sarcástica. Não creio que ele tenha enviado de ‘bom grado’.

14 de janeiro de 2009, abro minha caixa de entrada de e-mail e o que vejo? Um e-mail do Sr. R com a seguinte mensagem:
“Tássia, BOM DIA!

Venho através desta informar-lhe que estou querendo dar entrada da documentação necessária para nossa separação. Amanhã estarei comparecendo à Procuradoria de Assistência Judiciária, que fica na Av. Liberdade, 32 próximo à estação Sé do metrô. Às 08h. Gostaria que você também fosse junto, pois assim não haverá a necessidade de uma audiência. Leve RG, CPF, CARTEIRA DE TRABALHO, HOLLERITH, CERTIDÕES DE CASAMENTO E NASCIMENTO da Rafaela, tudo com cópias.

Te aguardo lá.

Atenciosamente

Sr. R.”

É impressionante a prepotencia das pessoas e como elas querem sempre te machucar de algum jeito. No momento em que li esse e-mail já estava em outra, mas ele não sabia. E se eu não tivesse com alguém com certeza ficaria arrasada e ele sabe disso. Notem: ele não perguntou da filha, só para variar!
Bom, como já havia entrado com o processo há dois meses naquela época respondi da seguinte maneira:

“Sr. R, por meio desta, veio responder ao e-mail enviado por você.
Não irei comparecer à Procuradoria de Assistência Judiciária amanhã pois já entrei com o pedido de separação. Inclusive o processo já está com o Ministério Público e você logo será intimado.
O processo está na 2º Vara da Família, com seguinte nº: xxx.xx.xxx.xxx-x.
Caso queira algum esclarecimento breve a respeito entre em contato com a minha advogada no telefone (11) 9999-9999.
Att.
Tássia”

Não foi ‘A’ resposta mas também não foi ruim. Ele não me respondeu, mas ligou para a minha advogada para saber a respeito.

Cansada de ser boba

Sábado já começou agitado. Para economizar, eu mesma fui minha manicure e pedicure de manha. Dei almoço pra Rafa e fui para cabeleireira arrumar a juba que eu tenho como cabelo. Devo confessar, e modéstia a parte, que ficou lindo! Cheguei em casa por volta das 15h40, faltava tão pouco para festa e nem eu nem a Rafa tínhamos tomado banho. Então lá fui eu dar banho na pequena aniversariante, limpa e cheirosa e com um lindo vestido vermelho. Ela estava linda, perfeita. Arrumei seu cabelo e para completar coloquei uma coroinha de princesa presa ao seu cabelo amarrado. Ela estava como uma princesinha mesmo... Depois dela fui eu. Tomei meu banho, me vesti e maquiei.
17h, pronta em cima da hora, atrasada na verdade, porque eu deveria estar no salão as 16h50.
17h01, estava entrando no carro quando meu celular toca... era o Sr.R ligando, comecei a tremer. Não sei definir o sentimento que tive.
Chegamos lá as 17h10, por sorte não havia chegado ninguém exceto o Sr. R e um amigo dele, coitado do B. sofreu as conseqüências por estar acompanhado com o Sr. R. Admito, fiquei admirada pela víbora da Lane não estar lá, mas logo pensei ‘deve estar se embonecando toda’.
Mal entramos no salão e o Sr. R veio nos recepcionar com os braços abertos, depois de toda palhaçada da semana ele esperava que eu retribuísse. Mas não foi isso que aconteceu, no ímpeto da minha magoa apenas acenei com a cabeça e soltei um ‘oi’ bem seco para eles. Sr. R abraçou o ar! Senti que ia ser tenso... a festinha que tinha planejado com tanto carinho ia ser um martírio.
Os convidados começaram a chegar. A maioria dos meus amigos não o cumprimentaram, ou porque não o conheciam ainda ou porque passaram a odia-lo. O mesmo posso dizer dos convidados da parte dele. Alguns foram super educados, inclusive seu irmãozinho de 2 anos na época, em compensação outros nem olharam na minha cara, os irmãos mais velhos dele por exemplo. A víbora da mãe dele só veio me cumprimentar quando eu entreguei-lhe umas das lembrancinhas que eu mesmo havia feito para dar os convidados.
Nessas horas que conhecemos as pessoas e até onde vai a má educação delas, é impressionante!

Durante a festa foi uma grande disputa para ver quem ficava com a princesinha no colo, eu nunca a tirei dos braços do Sr. R ou da vibora, mas amigos meus o fizeram. Na hora do parabéns não o chamei e ele nem se ofereceu, eu e a Rafa sopramos a velinha sozinhas e o primeiro pedaço de bolo foi para minha mãe e avó muito dedicada.

Enfim... acabou! Na hora da despedida foi uma falsidade tão grande que quase vomitei, mas nos despedimos e a Lane prometeu telefonar. E já adianto, esse telefonema só ficou na promessa!
Depois que eles foram embora uma coisa estava certa: ele só viria a Rafaela com ordem judicial. Estava cansada de ser bozinha e no fim das contas ser pisada. A partir de 21/12/08, como diria alguns amigos, o ‘bicho ia pegar’. E pegou!

Mais um bate-boca

No meio disso tudo estava a festinha da Rafa a caminho. Uma das responsáveis pelo Buffet me ligou para peguntar a respeito da cerveja que seria servida na festa. O Buffet ia fornecer uma parte, mas pelo numero de convidados só aquilo não seria o suficiente. Ela falando comigo ao telefone e eu só pensando “não vai ter jeito, vou ter que ligar pro infeliz”, no fim da conversa falei que ia ver e retornava a ligação.
Olhei no relógio, 13h40min, Sr. R estava no horario de almoço então poderia falar. Como eu estava cansada de resolver tudo pelo Messenger liguei para ele. Expliquei para ele a situação e o lembrei que os convidados DELE eram os que mais bebiam então deveríamos entrar em comum acordo a respeito. Eu mantive a calma mas ele não. Quando falei que não tinha como ele levar a chopeira de um dos chefes dele para o salão de festas ele deixou claro que não ajudaria, e que só refrigerante e suco era suficiente. Perguntei para ele “você ta largando de mão então?” e a resposta alem de rude e fria foi bem seca “tô!” , e aí eu só finalizei: “você quem sabe então e o azar será só seu! Passar bem!” e sem pensar duas vezes desliguei.
Não passou cinco minutos e meu celular vibrou, quando vi era uma SMS dele pedindo desculpas pela grosseria e prometendo que me ligaria a noite para resolver tal impasse.
Você ligou???...assim ligou ele! Mas para minha surpresa a mãe dele ligou e essa foi a minha ‘deixa’ para falar tudo que estava engasgado dentro de mim. Logo no começo da conversa ela falou que estava ligando para saber a respeito do exame da Rafa e eu respondi:
“Engraçado né Lane, até hoje nenhum de vocês ligou para saber de um exame de HIV, CD4 e Carga viral da Rafa. Mas para saber se o Sr. R. transmitiu sífilis aí vocês ligam? O resultado do exame ainda não saiu, e quando sair fique sabendo que eu não vou correr atrás pra contar. To cansada de manter contato com o seu filho, por ele ser pai da minha filha , e ser mal tratada injustamente. Ao contrario do que ele pensa eu não quero mais nada com ele, mas ele tem que cumprir sua função de pai e isso inclui muita coisa e não só posar de bom pai nas fotos com ela. Hoje liguei pra ele pra pedir ajuda quanto a festa da Rafa e novamente ele me tratou muito mal e isso pra mim foi a gota! Hoje foi a ultima vez que liguei para ele, se ele quiser ele que corra atrás do prejuízo e eu não vou tentar mais ajudar em nada.ok?”.
Claro que ela quis pagar de boa mãe e ex-sogra e falou:
“Calma Tá, já falei pro R que o casamento acabou mas um filho é para sempre. Vou conversar com ele novamente. Só espero que isso não interfira no dia da festa...”
“é Lane, no dia da festa não posso garantir nada. Seu filho esgotou minha boa vontade em relação a ele mesmo”
“ta bom Tá, eu só liguei para saber da Rafa, espero que esteja tudo bem, até sabado”
“até Lane.”
‘Muita cara de pau mesmo...’ era a única coisa que passava pela minha cabeça depois de desligar o telefone. Fiquei tensa por alguns minutos, mas tinha muitas coisas da festa a serem resolvidas então acabei me distraindo.
Acertei os últimos detalhes, comprei o que faltava (contando moedinha, porque o Sr.R dava uma merreca por mês, prometendo reembolso e no fim naaada) e busquei os itens ecomendados. Agora só nos restava esperar pelo grande dia... nesse meio tempo a janelinha do Messenger não piscou, na caixa de entrada do e-mail não tinha nada e o telefone não tocou. Mas, beleza, o que importava para mim era eu e a Rafa arrasarmos na festinha e nos divertir muito.

Mais exames

Chegamos em casa e quando fiquei sozinha com o M, aos prantos, perguntei se ele queria continuar comigo, e o alertei de todos os riscos que isso poderia trazer. E para minha surpresa ele disse que sim e que ficaria comigo até eu ficar velhinha. Só ele para me fazer rir num momento daqueles, isso tenho que confessar. O M. foi e está sendo mais que um namorado, ele é um grande amigo!
Naquela mesma semana fui atrás das benditas guia de exames para fazer o teste de sífilis em mim e na Rafa, e ao pegar as guias com nossos médicos quis saber tudo sobre a doença e fiquei espantada com as coisas que ouvi.
O pediatra disse que se o Sr. R. tivesse contraído sífilis junto com o HIV no momento da concepção da Rafa eu contrairia o vírus também e a gestação seria muito problemática – correndo o risco de aborto – ou o feto sofreria algum tipo de mutação. No entanto minha filha nasceu super sadia.
Minha infecto até me perguntou se meu ex-marido era bi-sexual, porque ao me falar onde se dava a sífilis primaria masculina eu me lembrei de um fato que ocorrera com o Sr. R enquanto namorávamos e contei para ela. Assim: quando ainda estávamos namorando, o Sr. R. teve um tipo de urticária anal, na época até brinquei com ele falando que aquilo era culpa de tanta pimenta que ele comia, nem sonhava que poderia ser sinal de sífilis ou até mesmo hpv, como minha infecto informou. Por isso que da dúvida da minha médica. No entanto ela ressaltou que essa ‘coceira’ anal no homem pode ser sífilis ou HPV e como, ambos, podem demorar meses e até anos para eclodirem era difícil dizer se ele havia contraído tal DST com o HIV ou não e tem outro detalhe, o estágio primário de ambas se dão na região onde se teve o contágio. Só de pensar nisso eu fiquei enojada.
Fizemos as coletas, e era horrível ver a cara de sofrimento da Rafa ao picarem ela para tirar sangue. Nunca me desesperei, sempre mantive a calma por causa dela e das enfermeiras, mas eu ficava nervosa de pensar que minha filha estava sofrendo mais um pouco e desnecessariamente por causa do pai inescrupuloso que eu havia escolhido para ela. As aparências, definitivamente, enganam!

Nojo

Bom... estávamos sentados numa mesa da praça de alimentação do shopping nos quatro – eu, ele, e nossas respectivas mães - e a Rafaela. A conversa estava meio tensa, eles pareciam estar escondendo algo, mas a presença da minha mãe parecia intimidá-los. Quando percebi isso pedi para que a minha mãe comprasse uma água para mim e essa foi a ‘deixa’ para eles. Minha mãe mal levantou quando a mãe dele me falou: “Ó Tá (é, ela me chamava de Tá porque dizia ser mais prático) vou falar logo porque a médica dele pediu que avisasse você pelo contato que vocês tiveram e pelo contato dele com a Rafa. Sabe aquelas coceiras que o R. tem pelo corpo? Então...é sífilis. Está no estágio secundário e graças a Deus que descobrimos agora porque o próximo estágio poderia causar meningite. A infectologista do R. pediu para você e a Rafa fazerem exames para saber se não contraíram também. Pensa assim Tá, pelo menos essa tem cura!”. Juroooooo que nesse momento meu mundo caiu... não tinha, alias, não conseguia me expressar só queria tirar minha filhas dos braços nojentos dele. Ele percebeu que eu não ia falar nada então soltou: “Pode ficar sossegada Tá, pois já estou na segunda semana de tratamento. Só providencie logo os vossos exames!”. Muito cara de pau, como diagnostica uma coisa dessas, sabe que podia ter nos colocado em risco e no entanto espera DUAS semanas para me notificar. Senti que lágrimas iam correr pelo meu rosto. A ‘conversa’ foi tão rápida que minha mãe pegou no final, quando ela chegou e viu minha cara de espanto perguntou o que havia acontecido e aí sim falaram pra ela. Mas eu não estava agüentando mais ficar perto deles. Uma ânsia de vômito aumentava em meu organismo cada vez que olhava para eles. Pedi para minha mãe ficar de olho na Isa e fui ao banheiro. Chorei muito, lágrimas de ódio, um nojo dele sem tamanho tomava conta de mim e questionamentos aumentavam na minha cabeça: “como pude me casar com um cara tão podre?!” – “onde ele se meteu para pegar tanta doença meu Deus” – “Senhor, dai-me forças para voltar e ficar no mesmo ambiente que eles”.
Lágrimas derramadas, rosto lavado, cabeça erguida... lá fui eu, voltar à mesa onde aqueles infelizes estavam com a minha mãe e filha. Para minha surpresa não vi nem o Sr. R. nem minha filha na mesa, e já procurei com os olhos em todos os cantos daquela área quando os avistei admirando uma arvore de natal que o shopping montara, afinal dezembro é época de lindas decorações natalinas, principalmente nos shoppings. Decidi nem voltar pra mesa, não estava a fim de manter qualquer bate-papo com a víbora da minha ex-sogra, senti pena da minha mãe que estava com ela. Fui até minha pequena menina. Mas não consegui ficar muito tempo, aquele turbilhão de noticias revirou meu organismo e sentia que se ficasse muito tempo lá iria passar mal. Falei pro Sr. R que não estava me sentindo bem e precisava ir embora, ele entendeu. Chamamos nossas mães e fomos embora, eles nos acompanharam até a saída, e por incrível que pareça, se despediram com um abraço apertado e um beijo...abraço de urso e beijo de ‘Judas’.
Minha primeira reação ao ficar sozinha com minha mãe e filha foi chorar mais um pouco, a mágoa que eu estava sentindo não tinha tamanho, precisava ‘sair’ alguma coisa por algum lugar, então saiu dos meus olhos em forma de lágrimas apenas uma pequena parte dos sentimentos que eu tinha naquele momento. Minha mãe tentou me consolar mas ela estava com tanta raiva quanto eu.
No estacionamento avistamos meu pai dentro do carro estacionado e meu novo companheiro... meu namorado M. chegando. Fiquei pensando como diria aquilo para ele, se eu estava com nojo de mim mesma como ele se sentiria?
Mas aquilo não era coisa de se esconder. Ao contrario do que o Sr. R fez comigo e com a minha filha, assim que estavam todos dentro do carro eu dei a noticia à ele e meu pai. Depois de ter contado apenas um pensamento foi mútuo: “Sr. R NOJENTO”.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Advogada...processo...visitas

Depois disso, não demorou muito e eu contratei uma advogada para entrar com pedido de separação e pensão, mas como era final de ano, tudo ia demorar mais do que o normal. Justiça brasileira...não é muita novidade o lance da lentidão nos processos. Enfim...
Independente de qualquer coisa, desde que eu e o Sr. R nos separamos quase que quinzenalmente ele via nossa filha, sempre com a mala da mãe dele junto. Porque ela é mala? Porque foi ela que acabou com o meu casamento... sempre colocando o filho num pedestal que nunca existiu... logo ele nunca cresceu e casou pensando que ia brincar de casinha...enfim... Como de praxe, ele me ligou numa sexta-feira para ver a nossa pequena no domingo. E assim foi... faltando 15 dias para a festinha de aniversário da minha pequena marcamos de nos encontrar. Dessa vez fui com a minha mãe, ficar sozinha com ele parecia o fim para mim... e não sei porque, algo me dizia que se eu ficasse sozinha com ele e a mãe dele (afinal de contas ele nunca ia sozinho nas visitas, SEMPRE a mãe dele estava presente) eles iriam usar isso contra mim.

Cena dos próximos capítulos

Marcamos um cinema, ele estava tão diferente... dois tímidos. Foi muito legal ter alguém que gosta da gente por perto, mas na sala de cinema muitas coisas vieram à tona e não consegui sequer dar um beijo nele, ficamos abraçados e nada mais. Senti-me mal, foi estranho ... não queria ter tratado ele daquele jeito. Na hora de ir embora dei um selinho nele e percebi que ele ficou emocionado, pedi a ele paciência comigo. Quando cheguei em casa liguei para ele, pedi desculpas pela noite passada e o convidei a vir na minha casa no dia seguinte. A primeira visita dele para mim depois de tanto tempo... e na despedida um beijo de verdade. Foi lindo!!!!
A minha história com o B que acabou de começar, prefiro nem relatar agora... serão as cenas dos próximos capítulos!rs