quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Frio na barriga...

Enfim, depois dessa carta eu esperava algum contato, mas foi em vão. Dias se passaram até que chegou o dia de nova audiência. 28 de abril de 2009, dessa vez ele tinha ido, com a advogada e a mãe do lado lá estava ele. Nem olharam na minha cara. Ficamos esperando até a hora marcada, porem minha advogada não chegava. Liguei para ela e infelizmente ela não poderia comparecer. Que droga, eu ia entrar em audiência sozinha com ele e a advogada dele. Frio na barriga supremo, mas fui, de cabeça erguida entrei na sala onde estava o juiz e a escrevente. Foi horrível, mas o juiz me poupou. A advogada dele foi muito sarcástica e disse que eu estava sendo absurda nas minhas alegações e que ele não recebia nada mais além de míseros R$600,00. O que era mentira, porque ele recebia R$600,00 no holerite, entretanto recebia cerca de R$1.400,00 por carta-salário. Porque? Para que não houvesse cobrança de imposto de renda, e depois eu era a mentirosa né!? Como havia dito, o juiz tentou me poupar afinal eu estava sem advogada e pediu para que tentássemos entrar em acordo fora de audiência; mas, como podem perceber, um acordo amigável não seria tão fácil. Fomos embora sem nem trocar olhares, e a mãe dele não olhou na minha cara também, o que era esperado e eu nem fazia questão.
Assim que sai do fórum liguei para minha advogada e falei o que tinha acontecido e nada de muito diferente me foi passado. Eu teria que manter as coisas como estavam até a advogada dele entrar em contato para entrarmos em possível acordo.
Na mesma semana da audiência ele me ligou pedindo para ver a Rafa, eu sabia dos direitos dele e não neguei tal visita, provando que eu não era o monstro que eles estavam ‘pintando’. Porem, como ele me pediu na ultima hora, eu já tinha terapia marcada então o encontro não passou de 2horas.
02 de maio nos encontramos e ele e a mãe dele viram a Rafa, mas, diferente do que eles esperavam, ela não foi tão amigável. Ficou muito ‘na dela’ e sempre procurando a mim e a minha mãe a sua volta. Sim, minha mãe estava presente. Como havia dito, nunca o recebi ou o encontrei sozinha para evitar possíveis alegações. O clima estava pesadíssimo, e quando ele começava a relaxar a mãe dele se aproximava e tudo ficava nebuloso novamente. Mas, como eu tinha consulta, logo fui embora.
No dia 10 de maio mesmo era a data de depósito da pensão, e para a minha surpresa não havia depósito algum. A Rafaela ficou um mês sem pensão. Só para variar um pouco, me senti usada novamente. Minha vontade era de ter ligado e pedido satisfação, mas fiquei na minha.