quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nada resolvido!

29 de junho de 2009, audiência tenebrosa. Não trocamos olhares novamente, tudo mais tenso do que antes. Graças a Deus eu nem vi a mãe dele. Entramos em audiência e vi que o juiz era outro. Muito mais lento que o anterior, ele era uma graça, mas acho que tinha algum problema. Falava baixo e lento demais, prova de que beleza não é tudo. Minha advogada falava e ele parecia estar aéreo, definitivamente eu preferia o outro juiz. Depois que a advogada do Sr. R se pronunciou e deixou claro que não haveria acordo quanto as visitas se não concordássemos com uma pensão de R$180,00 minha advogada mostrou ao juiz uma carta escrita pelo Sr. R ,à próprio punho e assinada, que ele havia escrito para mim antes de sair de casa pela primeira vez. Não sei porque, mas tanto ele como a advogada dele ficaram um tanto quanto espantados, admito que gostei!
O juiz mal verificou a carta e foi falando que aquilo não era relevante e a Dra. M (advogada do Sr. R) concordou, até que a Dra. A(minha advogada) ressaltou o ultimo parágrafo de uma das paginas onde o Sr. R afirma que ‘colocava’ dentro de casa 2mil reais. O juiz viu, concordou que realmente era relevante e perguntou ao Sr. R. se ele reconhecia a carta e ele negou. O pior de tudo, a advogada dele pareceu instruir ele a mentir. Com isso o juiz se sentiu obrigado a chamar a promotora e a mesma concordou com a minha advogada em pedir um exame grafotécnico – nesse exame a pericia ia analisar a grafia do Sr. R – e se o exame confirmasse que a letra era dele ele seria obrigado a pagar 30% de 2mil reais. A promotora pareceu estar bem revoltada com a atitude dele, eu me senti aliviada, até que enfim vi alguém que estava do meu lado... do lado da minha filha. Antes de ir embora a promotora falou para o Sr. R:
“Sr. R, não sei se a sua advogada te explicou, mas estou pedindo o exame grafotécnico para o senhor para confirmar se a carta apresentada pela autora é sua ou não. Mas como o senhor tem certeza que não é sua não vai se preocupar não é verdade?
Outra coisa, e agora é um conselho de promotora para acusado... Vi no processo que você pagou diferentes valores para a menor e agora paga menos que R$150,00...” – nesse hora a tonta da Dra. M interferiu :
“Dra. queria ressaltar que meu cliente pagou esse valor na época devido 13º...”- aí foi a vez da promotora interferir, e admito, foi a melhor parte!:
“Dra. eu estou falando com o seu cliente, não com a senhora, por favor não se intrometa!” (quis muito rir na cara daquela advogadazinha!). “então Sr. R, continuando, em vista disso acho que o senhor, no mínimo, deveria pagar o valor máximo que pagou até hoje em vista que o dinheiro é para a menor e nada tem a ver com a sua ex-esposa e a briga de vocês. È uma questão de hombridade...fica aqui o meu recado. Agora pode falar com a sua advogada!”.
O Sr R ficou muito nervoso e ainda tentou responder para a promotora, mas a advogada dele não deixou!
Nessa audiência nada foi resolvido, a não ser que ele ia se dar mal no exame grafotécnico porque ia ficar provado que ele mentiu em juízo, mas a lição de moral que a promotora deu nele foi ótima!