segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Advogada...processo...visitas

Depois disso, não demorou muito e eu contratei uma advogada para entrar com pedido de separação e pensão, mas como era final de ano, tudo ia demorar mais do que o normal. Justiça brasileira...não é muita novidade o lance da lentidão nos processos. Enfim...
Independente de qualquer coisa, desde que eu e o Sr. R nos separamos quase que quinzenalmente ele via nossa filha, sempre com a mala da mãe dele junto. Porque ela é mala? Porque foi ela que acabou com o meu casamento... sempre colocando o filho num pedestal que nunca existiu... logo ele nunca cresceu e casou pensando que ia brincar de casinha...enfim... Como de praxe, ele me ligou numa sexta-feira para ver a nossa pequena no domingo. E assim foi... faltando 15 dias para a festinha de aniversário da minha pequena marcamos de nos encontrar. Dessa vez fui com a minha mãe, ficar sozinha com ele parecia o fim para mim... e não sei porque, algo me dizia que se eu ficasse sozinha com ele e a mãe dele (afinal de contas ele nunca ia sozinho nas visitas, SEMPRE a mãe dele estava presente) eles iriam usar isso contra mim.

Cena dos próximos capítulos

Marcamos um cinema, ele estava tão diferente... dois tímidos. Foi muito legal ter alguém que gosta da gente por perto, mas na sala de cinema muitas coisas vieram à tona e não consegui sequer dar um beijo nele, ficamos abraçados e nada mais. Senti-me mal, foi estranho ... não queria ter tratado ele daquele jeito. Na hora de ir embora dei um selinho nele e percebi que ele ficou emocionado, pedi a ele paciência comigo. Quando cheguei em casa liguei para ele, pedi desculpas pela noite passada e o convidei a vir na minha casa no dia seguinte. A primeira visita dele para mim depois de tanto tempo... e na despedida um beijo de verdade. Foi lindo!!!!
A minha história com o B que acabou de começar, prefiro nem relatar agora... serão as cenas dos próximos capítulos!rs

Abrindo o jogo

Conversei com um amigo nosso em comum, que sabe da minha sorologia, e ele falou para que eu não me preocupasse. Eu estranhei a tranqüilidade de ambos: do meu amigo F e do amigo/pretendente B. Tentei arrancar mais informações e foi nessas tentativas que o F falou que o B já sabia de tudo desde quando o meu ex-marido saiu de casa pela primeira vez.
Agora vou explicar como eles ficaram sabendo disso. Meu ex saiu de casa a primeira vez na véspera do meu aniversário lembram? Bom... esse meu amigo F sempre vem na minha casa no dia do meu aniversário, e naquele ano não seria diferente. Ele veio, eu estava super mal e num momento de desespero e desabafo acabei falando toda a historia para ele inclusive do HIV. Ele me deu apoio mas ficou muito triste, pasmo e sem cor para ser mais explícita e não o culpo, na verdade acho normal agora e fico só esperando a reação futura…enfim, com uma historia chocante dessas para ele, ele precisou falar com alguém a respeito e esse alguém foi o melhor amigo dele na época (que era nosso amigo no colégio) o B.
Fiquei feliz e aliviada. Não tinha que contar esperando uma provável rejeição. Ele já sabia de tudo e queria ficar comigo mesmo assim.

Chance

Depois de quase dois meses um antigo amigo do colégio voltou a entrar contato comigo e se declarou para mim, falando o quanto sempre gostou de mim e me pediu uma chance. Para ele minha filha não era problema e sim solução, segundo palavras dele mesmo. Aquilo aumentou minha auto-estima e meu medo, afinal eu não tinha só uma filha e sim um vírus também. Fiquei animada, mas não quis tentar nada antes de ter certeza que meu ex-marido não quisesse reatar.
Antes da primeira quinzena de outubro eu perguntei para o Sr. R se ele tinha certeza do que estava fazendo e ele disse que sim. Perguntei se ele queria que eu desistisse dele e ele pediu para que eu desistisse, “por favor”- foi assim que ele disse. Então, assim foi. Desde então não tentei reatar com ele e parti para outra. Resolvi dar a chance que meu amigo de colégio pediu e já estava me preparando para falar para ele do HIV.