terça-feira, 9 de junho de 2009

Dez dias se passaram...

...enfim chegou o resultado. Como eu estava esperando, infelizmente, eles não podiam aceitar meu sangue por constar sorologia positiva. Eu estava lendo ainda quando o V. me ligou falando que a carta dele chegara e estava liberado, pelo meu silencio ele havia percebido que minha carta não tinha sido tão boa quanto a dele. Bateu-me o desespero. Liguei para o Sr. R e falei. Perguntei a ele como iria contar aquilo para os meus pais sem falar dele, não queria mentir nem esconder nada dos meus pais como fez o Sr. R., eu não conseguiria seguir com um fardo tão pesado sozinha. Ele me pediu força e sigilo quanto a ele, falou que eu não estava sozinha e que ele estaria junto comigo. Falei que ia tentar e depois falava com ele.
Na hora do almoço falei com a minha mãe. Disse que o hospital havia rejeitado meu sangue e me convocado para fazer alguns exames. Ela me perguntou o porque e eu falei que tinha dado alguma sorologia positiva. No começo ela achou que fosse brincadeira minha (quem dera fosse) eu até dei uma risadinha mas a alertei que não era e que era melhor ela estar esperando algo não muito bom. Ela sorriu e falou: ‘fica tranqüila filha. Deve ser algum falso-positivo. Volta lá e faz os exames’. Tadinha dela, me senti horrível, porque algo me dizia que não haveria nenhum falso-positivo. Mas entendi sua fé e positivismo. No mês anterior ficamos sabendo que minha tia (irmã do meu pai) estava com câncer e entrou e metástase, estávamos todos muito abalados, porque tínhamos acabado de restabelecer fortes laços com ela depois de tanto tempo. E por isso vivíamos com pensamentos positivos lá em casa, principalmente por causa do meu pai que estava com muito medo de perder a irmã. Foi péssimo ‘iludir’ minha mãe, mas quando pensei contar me lembrei do pedido do Sr. R. e fiquei na minha (OUTRA DICA: NUNCA MINTA PARA OS SEUS PAIS, POIS ELES SÃO OS ÚNICOS COM QUEM PODERÁ CONTAR EM UMA HORA DE MAIOR DESESPERO).
Falei com o meu chefe e naquela semana mesmo eu chegaria mais tarde na empresa pois logo cedo iria para o hospital. Pedi ao V. que fosse comigo e ele topou, mesmo sendo muuuuito cedo.