quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ressaca...

Cheguei em casa, tomei um café, um bom banho e fui para a cama logo depois que o Sr. R. me ligou avisando que chegara em casa. Demorou mas dormi. A tarde acordei meio tensa. Minha mãe notou mas disfarcei, só Deus sabe o quanto eu queria desabafar com ela. O V. me ligou, perguntou se o nosso encontro naquela tarde estava de pé e eu falei que sim e no meio da conversa ele comentou a respeito da filha de um amigo dele que precisava de doadores de sangue e perguntou se eu queria doar com ele na semana seguinte e eu falei que iria se ele fosse na minha festa de aniversário (sim... na semana dessa confissão era o meu aniversário), então estava combinado: 08 de abril iríamos doar sangue, voltar para casa e nos arrumar para a balada do meu aniversário. Tudo combinado, desliguei o telefone...não passou 05 minutos o Sr. R. estava me ligando para saber como eu estava e tudo mais e eu falei para ele que iria contar para o V. pois não agüentaria guardar uma coisa tão importante sozinha. Ele ficou meio ‘assim’ mas não me restringiu, só pediu para que não contasse para a minha família.
Saí e fui me encontrar com o V. numa praça bem legal aqui perto de casa. Abracei-o e comecei a chorar e contar tudo que o Sr.R. havia me contado e dos meus receios: sexo, gravidez, perda, etc. E declarei que estava sentindo que tinha deixado passar despercebido algum detalhe que naquele caso seria relevante e ele falou para tentar lembrar de cada encontro e o que aconteceu em cada um deles. Poutz!!!! Lembrei: a boca dele sangrou enquanto me beijava. (Lembram daquele detalhe que eu falei para se atentarem?). Nisso o V. me fala que não tem nada a ver, que HIV não pega no beijo só no sexo desprevenido e contato sangue/sangue. Daí foi minha hora de lembrá-lo que no contato sangue e ferida também há contagio e naquela época eu estava com muita afta. SILENCIO. Olhares preocupados se encontraram... liguei para o Sr. R. e ele ligou para a médica dele que falou que era uma chance em um milhão e que nunca tinha visto contagio dessa forma.
Bom... isso me aliviou e não aliviou. Tinha o apoio e ombro amigo do V., mas sentia falta do colo dos meus pais. Queria falar para eles mas Sr. R. não deixou. Fui me segurando. Fiquei desesperada, precisava fazer um exame mas não tinha dinheiro e nem sabia como recorrer a ajuda pública. O V. me pediu calma, me lembrou da doação de sangue que iríamos fazer e que se eu tivesse alguma coisa me avisariam