quarta-feira, 10 de junho de 2009

Que droga!!!!!!

Chegou o dia, acordei junto com o meu pai e ele me deu uma carona, me desejando sorte e falando que ia dar tudo certo. Que droga mentir para os meus pais...que droga! Me arrependo disso até hoje.
Mas... Voltando... encontrei com o V. no metrô e de lá seguimos. A medica responsável me avisou que tinha dado sorologia positiva, mas não indicava qual, por isso eles pediam o exame, para ter certeza qual o vírus que a pessoa tinha. Sangue coletado, protocolo de coleta guardado... era preciso esperar alguns dias para o resultado. Eu teria que voltar lá para pegar o mesmo... como eu ia falar com o meu chefe a respeito eu ainda não sabia. Mas... era preciso! Avisei o meu chefe, e contei com a sua compreensão, ele não me pareceu muito feliz mas ‘autorizou’ minha chegada mais tarde na semana seguinte.
Faltava um dia para pegar o resultado do exame.
Não comentei muito do Sr. R. nesses trechos porque a atitude e reação dele a respeito era sempre a mesma: me dava apoio, carinho e bitocas e pedia para que eu nao contasse dele para mais ninguém.
Mais um dia madrugando, mais uma carona com meu pai, mais um encontro cedo com o V. no metro. Chegamos ao hospital, a médica me chamou e falou que tinha dado positivo para HIV. Eu fiquei mal mas meio que já esperava aquilo. A Dra. também me alertou que eu teria que fazer mais um exame, com outro tipo de reator, para termos absoluta certeza de aquilo não era um falso-positivo, e eu fiz. Mais uma coleta... mais uma futura conversa com os meus pais. Chorei e o V. me deu muito apoio, Sr. R me ligou e pediu para que eu mantivesse a calma que tudo ia dar certo.
Fui para a empresa e decidi falar com a minha mãe na hora do almoço, assim ela conversaria com meu pai no decorrer do dia. Avisei o meu chefe que na semana seguinte chegaria mais tarde novamente. E de novo vi cara feia.